Requalificação
Obras na Coronel Pedro Osório vão até dezembro
Projeto contemplado pelo Iphan custa mais de R$1 milhão para uma requalificação completa no paisagismo da praça
Jô Folha -
Sentados à sombra de uma árvore, o casal Tainã Pinto e Mônica Avencurt aproveitavam um momento com a filha recém-nascida entre dois compromissos na Praça Coronel Pedro Osório. Para muitas pessoas, a praça hoje é parque e, na tarde desta segunda-feira (1), quase todos os bancos estavam ocupados, enquanto alguns jovens sentavam-se nos gramados das áreas que ainda não foram cercadas para receber a intervenção. Desde novembro de 2018, a praça passa por uma requalificação no paisagismo que deve ser entregue à população até dezembro.
Contemplado em edital para áreas reconhecidas e protegidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o projeto terá o custo de R$ 1 milhão, financiado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas, do antigo Ministério da Cultura. Está previsto para esta terça-feira (2) a retirada do cercado no gomo em frente à Bibliotheca Pública Pelotense.
Responsável pela fiscalização da obra, o arquiteto Fábio Caetano explica que o procedimento será adotado em todos os "gomos" - conforme vão sendo concluídos serão liberados para a população usufruir.
Inicialmente, a previsão era de cinco meses. O prazo foi estendido até dezembro, conforme publicação no Diário Oficial da União na última sexta-feira. A justificativa para o aumento do tempo é o acúmulo de chuvas no verão, o que prejudicou o andamento da obra.
Recarregar energias
Tainã e Mônica frequentam a praça desde a gravidez. Moradores do centro, a praça acaba se tornando uma das únicas possibilidades de espaço verde, de tomar mate na sombra de uma árvore e desligar um pouco do movimento frenético do cotidiano.
"É um lugar pra entrar em contato com a natureza. Se eu tô um pouco estressado, venho aqui e me sento um pouco. Faz bem", dá a dica Tainã. Apesar do atual uso limitado do espaço, em função dos cercados, Mônica aprova as mudanças. "A gente espera que isso também seja pensada para outras praças da cidade que parecem abandonadas", reivindica.
Planejado para o espaço
Todas as espécies plantadas, replantadas ou suprimidas fazem parte de um estudo realizado pelo arquiteto Pedro Ziggiatti e Frederico Ribeiro Karam. Para o projeto foram apontadas três frentes de trabalho. Uma dedicada à cobertura das áreas sombreadas pelas árvores. Outra à criação de espaços gramados e ensolarados. A terceira tem o objetivo de qualificar o espaço para que as pessoas permaneçam na praça.
"Todas as espécies foram pensadas de acordo com o nosso clima, incidência solar. Este uso da praça como um parque, também pensamos em ampliar espaços com grama e sol", indica Caetano. Outra novidade serão aclives no centro destes gramados, para proporcionar mais tempo de sol e escoamento da água.
Na tarde desta segunda-feira (1), eram retirados os postes do cercado no triângulo entre as ruas Anchieta e Félix da Cunha. Apenas o container e o viveiro de mudas permanecerão no local até o final da intervenção.
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